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Mundo Cripto | De Bounty-Hunter a Investidor: a Jornada de 1 Ano

Falar sobre o mercado das criptomoedas hoje em dia pode ser uma faca de dois gumes, especialmente nestes últimos dias. Mesmo para os mais fervorosos fiéis das criptos, esta última semana tem sido um baque violento na lealdade dos investidores, tanto de quem está negociando diariamente, quanto para quem está só fazendo HOLD.

Imagem do site coinmarketcap.com, de 19/11/18. Dói o coração.

Se tem uma lição que podemos tirar desta recente queda brusca, e também em comparação com os anos anteriores do Bitcoin, Ethereum e afins, é que é preciso muita, mas muita paciência e sangue-frio para investir nas criptomoedas. Se já era difícil aguentar o tranco da volatilidade extrema deste mercado no passado, o ano de 2018 nos mostrou que não se pode sempre confiar em leituras de gráficos, ou no histórico de altas e quedas anteriores.

É preciso ter paciência e sangue-frio.

Eu entrei no mercado das criptomoedas relativamente tarde, por meados de Setembro de 2017, um pouco antes da alta histórica do Bitcoin e do mundo inteiro abrir os olhos para este novo e inexperiente mercado. Comecei pequeno, não tinha muito dinheiro para investir e por isso tomei algumas estradas paralelas para conseguir pôr as mãos em alguns BTC e ETH: iniciei como Bounty Hunter. Bounty Hunters são pessoas que aceitam trabalhos digitais (desde os mais simples, como compartilhar um post no Facebook sobre determinado projeto, até mais complexos como traduções de Planos de Negócios de centenas de páginas) em troca de criptomoedas.

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Whitepaper é o como o Plano de Negócios de um projeto cripto ou blockchain. Trabalhos de Bounty Hunter geralmente envolvem traduzir documentos como este, de centenas de páginas.

Por ter inglês fluente, lentamente comecei a pegar trabalhos como tradutor de projetos que queriam expandir para o mercado brasileiro. Receber pagamentos em criptomoeda carrega uma relação entre risco/recompensa muito grande: em alguns projetos eu fui pago em moedas que hoje não valem mais nada, enquanto em outros a moeda chegava a valorizar mais de 500%.

A fórmula que deu certo para mim envolvia sempre estes denominadores comuns: paciência e sangue-frio. Observar o mercado subir e descer por dias, semanas ou até mesmo meses, com cabeça fria e sem se deixar levar. Colocar um preço específico como objetivo, e esperar quanto tempo for até chegar lá. Neste meio tempo, participando de comunidades de discussão de criptomoeda, pegando mais trabalhos, estudando a tecnologia, fazendo contatos, participando de congressos e conferência. O segredo é não ficar parado.

Este ano estive no Malta Blockchain Summit, em Malta.

Hoje em dia estou morando em Malta, a capital européia da tecnologia blockchain e das criptomoedas. Estou matriculado no curso de Programador de Blockchain e Contratos Inteligentes pela Universidade de Malta, participando de conferências internacionais como investidor (a última foi a Malta Blockchain Summit 2018). Também administro o grupo Criptomoedas Brasil no Facebook, com quase 9.000 membros.

Falar sobre este mercado não é fácil, muitas vezes pode ser uma aventura ingrata. Mas eu sou apaixonado pela tecnologia das criptomoedas, e pelas gigantescas oportunidades que elas trazem para a sociedade atual: transparência, imutabilidade, descentralização, para citar algumas. Existe ainda muito campo para crescimento, e estamos apenas no começo.

Apertem seus cintos.

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Por Juarez Weiss, usuário da NovaDAX, tradutor de ICOs e projetos Blockchain e administrador do Criptomoedas Brasil

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